Meirelles afirmou: "As críticas à política fiscal, sejam feitas pela ministra, sejam feitas por outro ministro, em resumo os ministros do Palácio mostram que de fato não há um apoio ali naqueles ministérios mais políticos à agenda do ministro Fernando Haddad".
O ex-ministro explicou que medidas de contenção de despesas e aumento de receita naturalmente desagradam muitas pessoas.
Ele acrescentou que a ampliação da tributação ou corte de despesas, principalmente da área social, gera insatisfação que se reflete na postura dos ministros com ação política no Palácio do Planalto.
"Fato é que a contenção das despesas são medidas que desagradam muita gente, é normal. Muita gente que é beneficiada em benefícios fiscais ou programas sociais. A partir do momento que você aumenta tributação ou corta despesas, isso gera insatisfação que se reflete na postura daqueles ministros que estão dentro do Palácio do Planalto. Eu acho que isso é um reflexo do isolamento, como estávamos falando, e do debate intenso que existe no Brasil, um debate que nunca termina."
A entrevista abordou os impactos macroeconômicos e políticos das alternativas propostas pelo governo federal à alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), destacando as tensões entre a agenda econômica e as pressões políticas dentro do governo.