O ataque israelense aumenta o risco de uma nova escalada nas tensões no Oriente Médio, uma importante região produtora de petróleo, e ocorre em um momento de maior pressão sobre a economia global e os mercados financeiros devido à reformulação das políticas comerciais do presidente dos EUA, Donald Trump.
A reação do mercado foi rápida, com os futuros do S&P E-mini dos EUA caindo 1,5% e os futuros do Nasdaq recuando 1,7%.
O Nikkei do Japão perdeu 1,4% e o KOSPI da Coreia do Sul caiu 1,2%.
O petróleo Brent subiu mais de 6%, para US$ 73,56 o barril. O ouro subiu 1%, para cerca de US$ 3.419 a onça.
Israel disse que estava declarando estado de emergência em antecipação a um ataque de mísseis e drones de Teerã, após o que chamou de "ataque preventivo" ao programa nuclear do Irã.
Explosões foram ouvidas a nordeste da capital do Irã, Teerã, na manhã de sexta-feira, informou a agência estatal iraniana Nour News.
Duas autoridades norte-americanas, que falaram sob condição de anonimato, disseram que Israel havia começado a realizar ataques contra o Irã e que não houve assistência ou envolvimento dos EUA na operação. A CNN Internacional noticiou que Trump estava convocando uma reunião de gabinete.
"Os traders estão correndo para se proteger enquanto relatos de um ataque ao Irã se espalham", disse Karl Schamotta, estrategista-chefe de mercado da Corpay em Toronto.
"Mas os detalhes sobre a escala e a magnitude do ataque continuam escassos e as ações têm sido relativamente limitadas até agora."
Autoridades norte-americanas e iranianas deveriam realizar uma sexta rodada de negociações em Omã sobre o crescente programa de enriquecimento de urânio de Teerã no domingo (15), de acordo com autoridades de ambos os países e seus mediadores omanenses.
O franco suíço ganhou cerca de 0,4%, para 0,8072 por dólar americano, e seu porto seguro, o iene, valorizou-se 0,3%, para 143,06 por dólar.
O euro caiu 0,3% para US$ 1,1553, devolvendo um pouco do salto de 0,9% ocorrido durante a noite.
